domingo, 30 de janeiro de 2011

"Ser Desiludido não significa propriamente ser Traído."

Quantas vezes temos nós de chorar.
Para que as pessoas olhem para nós.
Sem a intenção do prazer de nos amargurar.
E verem que a nossa dor é feroz.

Por vezes sentimos o peso do mundo nas nossas costas...
Por vezes perdemos noção das nossas apostas...
Mas isso não pode tirar-nos o rumo!
Pois não devemos entrar assim em portas abertas.

Ser desiludido.
Não significa propriamente ser traído...
Mas a dor não nos deixa raciocinar.
Pois tenta sempre nos encriminar.

Oh Deus porque tudo tem de ser assim?
Porque não pode cada um ter o seu próprio camarim?
Oh Deus oh Deus.
Porque rolamos montanhas abaixo como pneus?

Por muitas perguntas que nos confundam.
São sempre as respostas soltas que abundam.
Perdemos tempo com coisas inutéis.
Gastamos dinheiro em prostitutas e bordéis.

Tudo isto porque estamos desapontados!
Isso não vale a pena!
É como ter uma mão com uma centena.
E outra com cinco dedos apontados.

Ser desiludido...
Não significa propriamente ser traído.
É fundamental compreender todos os derrames da dor.
Para ultrapassar os problemas de amor!







sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

"Principio da Nossa Razão"

Qual será o principio da nossa razão?
Ajudar-nos a perceber que a vida é uma adopção.
Ou ensinar-nos que a morte é um senão?
É sempre complicado perceber a sua missão.

Eu, por exemplo, escrevo poesia.
Por vezes bem, por vezes mal.
Os meus versos não são de alegria.
Mas tento sempre ser original.

Para mim são palavras vazias.
Eu só quero chegar a casa.
Para ouvir a minha vida com as suas melodias.
Mas pelo caminho acontecem atrocidades que a minha perspectiva não ultrapassa.

É por isso que a minha poesia é diferente.
Sento-me todos dias no mesmo lugar.
Onde tenho sempre papel e caneta pela frente.
Não sei porque escrevo mas algo me continua a forçar.

Confesso que até gosto.
As palavras escritas não são nenhum monstro.
Qualquer um as pode escrever.
Mas não é qualquer um que as consegue ler.

"Passagem Estreita"

Quanto tempo ainda vais estar no meu caminho?
Roubaste a minha rosa azul marinho.
Por isso sai da frente e põe-te atrás de mim.
Como te atreves a infernizar-me assim?

Pensas que te estou a tentar conquistar?
Não, não serei mais um na tua colecção.
Pensas que quando falo é para te elogiar?
Nós não passávamos de uma simples ficção.

A verdade doí e eu estou a ser muito duro.
Desculpa por ser já um fruto maduro.
E negar esse teu vasto pomar.
Mas já tenho juízo suficiente para decisões tomar.

Se reparares a estrada é muito estreita para nós os dois.
Importas-te de sair da frente e vir para trás de mim?
E não digas que estou a pôr a carroça á frente dos bois.
Quando digo que bom foi o nosso fim.

Amado e renegado.
Esteja correcto ou errado.
É melhor guardar o meu amor.
Antes que tomes gosto pelo seu sabor.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

"Má Notícia"

Á luz das velas, brilham os teu olhos...
É tão lindo, mas tu não vais perceber.
Tudo aquilo que tenho para te dizer.

O teu jovem amigo, morreu enforcado...
Eu próprio também fiquei chocado.
Porque afinal de contas.
Era de ti que ele andava atrás...

Ele esforçava-se tanto para te compreender.
Mas tu só vivias para o desiludir...
Talvez assim acabes por perceber.
Que o foste tu a diluir.

Não tiveste culpa pela morte do vagabundo.
Vivias num mundo perfeito.
Que o deitou fora para um submundo...

 Uma pastilha para te relaxar...
Uma pastilha para te mudar...
Outra pastilha para a tua personalidade desabrochar.
Mas nem todas as drogas do mundo chegaram para te salvar...

A tua boca era um corte profundo...
Ele entrou e percebeu que era imundo...
Tentou sair a todo custo mas não tinha uma arma.
Pois não passava de um apaixonado moribundo...

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"Sem Título"

Caminhou,procurou e lutou.
Perante dominadores de adversidades.
Não desistiu enquanto não a encontrou...
Mas foi a boa vontade que o tombou.

No chão estava deitado.
As suas roupas enlameadas ditavam o seu legado.
Triste por sentir felicidade.
Feliz por obter igualdade.

As estrelas foram o conto que eu li.
Mas não foi este o livro que eu vi.
Por isso para poder contar assim uma história.
Fui eu mesmo que a escrevi.

Ainda antes de morrer foi chamado ao Purgatório como réu.
Depois de morrer, chegou ao céu.
Subiu a enorme escadaria e lá estava Ela...
Linda com uma coroa amarela...

Amou-a e perdeu-a...
Mas depois procurou-a intensamente.
Tanto que foi espezinhado abruptamente...
Pelo caminho encontrou a tristeza e derrotou-a.

No fim subiu a Escadaria para o Céu.
Onde Lhe levantou o Véu
E eternizou sua vida com Ela.

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"Yvonne, a filha do Diabo"

Caminhava eu por caminhos estreitos
Naqueles momentos pessoais perfeitos...
Quando algo chamou a minha atenção.
Mesmo estando sob uma cerrada escuridão.

Os seus olhos reluziram para mim.
Mas eu não fui afim...
Seus lábios carnudos incentivavam o pecado.
Mas eu recusei-me a sair do território marcado.

As curvas do seu corpo eram tão provocantes.
Que me suspenderam o pensamento por breves instantes.
Yvonne a filha do diabo.
Sua beleza infernal contém vertentes arrepiantes.

Tinha um filho mas era virgem.
Notava-se que era um ser impuro.
Santiago era o nome da criança refém.
E de sua mãe não era seguro.

Ira,gula,inveja,orgulho,luxúria,preguiça e avareza...
Munem esta mulher de destreza.
Que entre facilmente na mente de qualquer homem.
E os faz fazer coisas que estes não assumem...

Eu neguei este belo ser impróprio...
Não procuro um prazer alucinatório.
E  mesmo tamanha perfeição...
Não obtém de  uma abstenção.
Para a sua desejada absolvição.
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"Ponto de Exclamação"

Deixaste-me a morrer de saudades tuas.
A minha casa ardeu e as paredes ficaram nuas.
Deixaste-me mesmo a morrer.
Preciso de ti para conseguir viver.

Agora dou por mim a correr para o fim do mundo.
Outrora fomos um...
Hoje o meu coração é imundo.
Visto que o amor deixou-me de ser comum.

Corro depressa mas não sei quando é que vai acabar.
Por isso corro o mais rápido possível.
Se demorar muito não sei se vou aguentar.
Estou cansado por muito que pareça difícil.

Deixaste-me completamente sem nada.
Não gostaste do desenvolvimento da minha introdução.
Agora sou um louco numa estrada.
Em que o destino único é a depressão.

Estou tão cansado de chorar...
Por este sentimento tão morto.
Que tende a perdurar.

Esperei muito pelo fogo que acendias.
Mas por vezes a raiva não é suficiente.
Para transformar os nossos problemas em cinzas.

"Poema do Escritor"

Whisky, cigarro, caneta e papel.
A caneta envolve-se numa luta intensa com os dedos...
Depois age como um corcel...
Transcrevendo perfeitamente os nossos medos.

Poesia, romance ou dramático?
Qualquer um desde que não seja muito enfático.
Conseguimos ver árvores por detrás de florestas...
Conseguimos ter diversão sem ir a festas.

Eles falam, nós escrevemos.
Somos criticados mas o que perdemos?
Nada! Falamos para toda gente.
E conseguimos mexer com qualquer mente.

Não importa que ninguém nos queira.
Afinal de contas são vocês que fazem asneira.
Ao perder tempo com palavras parvas.
E comerem-se uns aos outros como larvas.

Alguns gostam de abusar.
Outros gostam que abusem.
Pessoas como eu gostam de viajar.
Pessoas como eu não falam o que escrevem.

"Liberta a tua Mente e a razão vai-te seguir"

Liberta a tua mente.
E a razão vai-te seguir.
O conhecimento é algo inconsequente.
Liberta a tua mente.
É isso que o teu coração está a pedir.

Liberta a tua mente.
Basta olhares para o mundo com uma perspectiva abrangente.´
Se reparares a atmosfera está elegante.
E a boa musica deixa-te ofegante.

Fuma um cigarro, ouve um bom rock.
E enquanto te adaptas bebe uma Super Bock.
Pensas que bom é aquilo que conheces?
Pois então é de conhecimento que careces.

Jimmy Page e a sua guitarra.
Fizeram da minha vida uma farra.
Frank Zappa e a sua arte.
Fizeram o meu pensamento chegar a Marte.

Toda gente consegue...
E então porque não?
Liberta a tua mente.
Só assim libertas a razão.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"A Revolta do Escravo"

Tentou degrenir os meus olhos.
Deixou-me sozinho neste lugar.
Rezei-lhe em vez de lutar.
E agora o que me resta?
Os cegos olhos!

Perpétuo rebeldia com motivo absolutamente nenhum.
Agora tombarei-vos um a um...
Negaste-me quando era jovem.
Agora tratarei-te como me convém.

Disseste que eu era um verme.
Agora serei sempre o verme na tua maçã.
E não esperes piedade para ti e para a tua irmã!
Não tenho culpa que seja uma cabra inerme.

Eu tenho a minha gravata de vilão.
E tu tens o teu nome no caixão.
Perpétuo rebeldia com motivo absolutamente nenhum.
E vou fazer isto só para quebrar o meu longo jejum.

Dizes moda, não seguir...
Digo sapos, não engolir...
Eu sei o que sou e o que quero dizer.
Não te faças de surdo para não entender.

No fim estarás esticado no enlameado chão...
E eu ajoelhado perante o teu sofrimento.
Vou arrancar-te o coração
E vou saborear o momento.

O Aprendiz tornou-se superior ao Mestre.
Sou um jovem brilhante.
Enquanto tu não passas de um velho equestre.
Humilhaste-me, agora saberás o que é "Humilhante"

Qualquer tentativa de evasão será cancelada.
Não terás como escapar á minha caçada.
Perpétuo rebeldia com motivo absolutamente nenhum.
E jamais sentirei medo algum!

"O Meu Sonho"

Á medida que fui crescendo
Criou-se um sonho dentro de mim.
Um sonho que eu não entendia, enfim.
Com a maturidade aprendi e lentamente fui percebendo...

O "meu sonho" era falar ao mundo...
Mas até aos dias que correm.
Não o consegui fazer por um segundo.
Dizem ser palavras de um vagabundo.

Mas o meu sonho continua em pé.
O tempo deixou-o de joelhos.
Mas nunca olhou "naqueles espelhos".
Por isso levantou-se com a fé.

O tempo dobrou-me o coração.
Mas continuei numa certa isenção.
O meu sonho alimentou-me a vida na sua ausência.
Sem modificar a minha aparência.

Resta-me algo chamado reminiscência.
Que significa memória em cadência...
Não choro a perda do meu sonho.
Pois ainda tenho esperança de algo risonho.

Mas é nestas alturas que aconselho a lutar pelo "Sonho"
Pois sem ele a nossa vida é um lugar medonho.
O tempo pode derrubá-lo...
Mas a nossa mente pode sempre guardá-lo.

sábado, 22 de janeiro de 2011

"Leva-me Contigo"

Leva-me Contigo.
Pensei que já não gostava de ti.
Enganei-me...
Leva-me Contigo.
Enquanto não vieres eu espero aqui.


Ninguém deixa de amar assim num dia.
Eu não sabia...
Espero onde tu quiseres...
Irei onde tu estiveres.


Há pouco tempo passei na tua rua...
Lembrei-me que uma vez disseste que ias á lua.
Leva-me Contigo...


Desde que me deixaste ficou tudo em aberto.
Mas eu não quis mais ninguém por perto.
Só quero que Tu me venhas buscar.
Para irmos viajar
Até aquele nosso vale no deserto.